quarta-feira, maio 17, 2006

"Região capta investimento turístico"

Segundo o Jornal de Notícias de hoje, "Treze municípios do Baixo Alentejo promovem amanhã oportunidades de investimento turístico na região para captar investidores em projectos como o desenvolvimento de um parque temático em Almodôvar ou a construção de um hotel termal em Moura.
Organizada pela Região de Turismo Planície Dourada (RTPD), a acção de promoção do investimento turístico no Baixo Alentejo - que envolve autarquias de 13 concelhos do distrito de Beja - vai decorrer numa unidade hoteleira da capital. De acordo com Vítor Silva, presidente da RTPD, a iniciativa, que classificou de 'inovadora', pretende 'captar investidores para o sector turístico na região, oferecendo oportunidades de negócio em projectos concretos, para os quais as autarquias procuram parceiros ou investidores'. 'Trata-se de uma acção intermediária entre a oferta e a procura de investimentos, envolvendo os protagonistas do processo de desenvolvimento e dinamização da actividade turística', acrescentou o responsável.
Entre os vários projectos, Vítor Silva destacou o desenvolvimento do parque temático 'Zonatura', em Almodôvar, ou a construção de um hotel termal no histórico Convento do Carmo, em Moura, cidade com uma longa tradição de termas.
Aquisições de lotes de terreno e edifícios históricos nos diversos concelhos, para a construção de novas unidades hoteleiras, são outras das oportunidades de negócio referidas pelo responsável.
O Baixo Alentejo é a zona de intervenção geográfica da RTPD, abrangendo os concelhos de Aljustrel, Almodôvar, Alvito, Barrancos, Beja, Castro Verde, Cuba, Ferreira do Alentejo, Mértola, Moura, Ourique, Serpa e Vidigueira."

domingo, maio 07, 2006

"Sem turistas estrangeiros não há aeroporto em Beja"

De acordo com um artigo do jornalista Carlos Dias, constante do Público de hoje, "Seis anos após a constituição da Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja (EDAB), em Julho de 2000, e depois de ter sido prometido um projecto com uma dúzia de valências, o debate realizado na Feira do Alentejo-Ovibeja, sobre o aeroporto de Beja, apresentou um cenário muito mais humilde.
Vítor Pires Rocha, especialista em marketing da ANA, referiu que, à semelhança do que acontece na Europa, as bases militares desactivadas estão a ser usadas como segundos aeroporto para as carreiras low cost, beneficiando assim grandes áreas urbanas num raio de cem quilómetros. 'Não é o caso de Beja', salientou. Lisboa fica a 180 kms e Faro a 150 . Por outro lado, é 'indispensável a renovação do IP-2 e IP-8 (que passam por Beja), sem os quais não se pode pensar no aeroporto', argumentou.
Constrangimentos regionais como 'a baixa densidade demográfica, o fraco desenvolvimento económico e social e a falta de oferta turística' foram os obstáculos à instalação de um aeroporto em Beja, realçados por Vítor Pires. Reportando-se às infra-estruturas das extensas pistas da Base Aérea nº 11, que a partir de 2008 poderão ser utilizadas pelo tráfego civil, destacou as 'excelentes de condições para o tráfego de low cost e charter'. As transportadoras não vão ter que suportar os custos de amortização do investimento de 32 milhões de euros, nas tarifas de utilização do futuro aeroporto, vocacionado para complementar os equipamentos de Lisboa e Faro, dadas as limitações de espaço destes destinos.
Em Faro concentra-se grande parte do tráfego de low cost, oriundo da Europa Central: em 2005 passaram por este aeroporto 1.498.021 passageiros, transportados, na sua maioria pela Easyjet, que detém na Europa, 27% desta modalidade de transporte. Com um aeroporto em Beja estariam criadas condições para o Algarve poder diversificar a sua oferta turística.
A Ryanair, com 31% do tráfego de baixo custo 'é a companhia alvo para o aeroporto de Beja', afirma Vítor Pires. 'Há que contar ainda com o florescente mercado de longo curso/baixo custo, vindo sobretudo dos Estados Unidos da América e da Europa de Leste, sobretudo da Rússia', salientou.
As outras valências (plataforma logística para receber e expedir para América e África; base de estacionamento de aviões executivos; área de manutenção de aeronaves, etc), só no futuro se determinará da sua viabilidade.
Tal como para Alqueva, torna-se cada vez mais evidente que 'o turismo é fundamental para viabilizar o aeroporto de Beja', disse Manuel Barroso, administrador da EDAB.
Segundo Vítor Silva presidente da Região de Turismo Planície Dourada, 'neste momento existem no Alentejo 10 mil camas, um terço das quais no litoral'. É no turismo internacional que estará a viabilidade do aeroporto. Em 2005, cerca de 25% da procura turística no Alentejo, veio de Espanha."